27 de abril de 2020
Furar a orelha de uma recém-nascida pode ser muitas vezes traumatizante para criança e para os pais. A tradicional pistola assusta e pode não ser a opção mais segura para evitar infecções. A farmacêutica Vanessa Santos do município de Arapiraca, no interior de Alagoas, adotou uma técnica mais humanizada para fazer esse procedimento.
Vanessa utiliza o conhecimento da acupuntura para realizar o furo. “Não é apenas um furo, existe toda uma responsabilidade. Eu faço a assepsia no local, utilizo material silencioso, que não é a pistola, esterilizado e, também, descartável com aplicação de anestésico para que a criança não chore. A Anvisa proibiu o primeiro furo com pistola e em hospitais por conta das bactérias e tétano que as pistolas podem transmitir à criança”, explica.
A farmacêutica conta que o furinho é feito na casa do bebê. O recomendado é que o procedimento seja feito em torno dos 15 dias de vida. Durante o processo, a farmacêutica utiliza música e pede para a mãe amamentar a criança. Ela também tem o cuidado de respeitar os pontos da auriculoterpia e resguardar a saúde da criança.
De acordo com Vanessa, o método dispõe de duas técnicas: realizar o furinho por meio de um cateter ou de um dispositivo silencioso. Depois fazer um mapeamento no lóbulo e realizar o furo em um ponto neutro que não está associado a nenhum órgão do corpo, mantendo o equilíbrio energético. “É uma técnica rica em detalhes e cuidado que faz uma diferença imensa. Um ponto a destacar e muito coerente é que os pais procurem profissionais capacitados para fazer o furinho humanizado. Ressalto ainda, que as crianças precisam estar imunizadas contra hepatite e tuberculose antes do primeiro furo”.
A farmacêutica Vanessa Santos tem formação em acupuntura auricular e é pós-graduanda em Farmácia Clínica e prescrição farmacêutica.