24 de agosto de 2020
É comum pessoas com quadro de ansiedade, depressão, estresse, insônia ou transtorno buscarem algum tratamento medicamentoso para se livrar dos problemas que afetam a mente. Porém, nem sempre os tratamentos são aplicados de maneira correta o que pode agravar ainda mais a situação do paciente que busca desvencilhar-se do tormento responsável por causar disfunção e abalo em seu psicológico.
O uso de substâncias psicotrópicas podem auxiliar o paciente no controle de doenças psiquiátricas e dores, além de serem utilizadas também como estimulantes em alguns casos. A pandemia causada pelo novo Coronavírus alterou a rotina de muitos cidadãos causando sentimento de incerteza, medo e até frustração em muitos deles. Resultado, segundo profissionais da saúde o uso de psicotrópicos aumentou devido a situação causada pela infecção humana por Sars-CoV-2.
Forçadamente o cotidiano foi impactado por mudanças abruptas, isso acende a luz para os perigos da automedicação e o uso indiscriminado de medicamentos. A curto prazo, a utilização de determinada substância a partir de orientação e prescrição para fim terapêutico pode ser positiva, entretanto, certamente será negativa caso seja aplicada ininterruptamente a longo prazo e sem acompanhamento médico ou farmacêutico.
Psicotrópicos. O que são?
São drogas (substâncias), cuja a atuação surte efeito sobre o Sistema Nervoso Central (SNC). Desta forma, pode interferir de modo quantitativo ou qualitativo na mente e acarretar alterações no comportamento, consciência, cognição, percepção sensorial e até mesmo no humor. Os psicotrópicos são capazes de gerar dependência física ou psicológica, além de efeitos colaterais e irreversíveis.
Não necessariamente todo psicotrópico causa dependência. Contudo, existe a possibilidade que pode ser gerada por vários fatores, como por exemplo, a via de administração, mecanismo de ação, metabolismo e outros. É muito delicado fazer apontamentos quanto a capacidade dos psicotrópicos gerarem dependência, porque eles podem ser representados por diversos grupos de substâncias.
Prescrição. Como é feita?
A comercialização requer que sejam seguidas as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De uso médico-farmacológico os psicotrópicos podem ser prescritos apenas em receitas de controle especial por médicos, veterinários e odontólogos devidamente inscritos em seus conselhos profissionais.
Saiba mais sobre o assunto na matéria abaixo:
Uso racional de psicotrópicos durante a pandemia: https://bit.ly/2Q3qely
Marttha Franco Ramos, Conselheira Federal de Farmácia e Presidente da Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (FESP).