O uso da bombinha para tratamento de doenças respiratórias, como a asma, exige a utilização da técnica correta para que o medicamento faça o efeito esperado. Para orientar os pacientes sobre a forma adequada de usar os diversos aparelhos existentes no mercado, o Conselho Federal de Farmácia tem lançado folders explicativos sobre o assunto. Três folhetos já foram disponibilizados no site do conselho. Agora, a entidade acaba de lançar mais um material informativo de nova série de publicações. Desta vez, são abordados os inaladores de pó seco e outras inovações que chegaram ao mercado.

A farmacêutica Josélia Frade, assessora da presidência do CFF, tem experiência no acompanhamento de pacientes com doenças respiratórias crônicas que fazem tratamento com bombinhas. Ela identificou alguns erros cometidos com o uso do inalador turbuhaler que podem comprometer a ação do produto. “Às vezes o paciente, na hora de utilizar, não expele e não esvazia o pulmão antes de fazer a inspiração. Essa inspiração tem que ser forte e rápida para retirar o pó que está dentro do aparelho. O paciente também tem que saber identificar se o produto acabou ou não. Observando o visor ele vai verificar que esses números vão ficando vermelhos até zerar”.

Josélia ressalta que, mesmo depois de o medicamento acabar, alguns pacientes continuam a utilizar. Ao ouvir o barulho da sílica, que é uma substância presente no aparelho para conservar o produto, algumas pessoas imaginam que se tratar de medicamento ainda presente no dispositivo. Josélia ressalta que outros cuidados devem ser tomados para um tratamento eficiente e com menos efeitos colaterais, como irritações na garganta e na faringe por exemplo. Para evitar esse tipo de problema é importante fazer a higienização oral depois do uso, ou seja: lavar a boca, escovar os dentes, fazer bochechos e beber água para retirar os resíduos do produto.

Uma vez por semana também é recomendado limpar a parte externa do bocal com um pano seco. Nunca se deve lavar o aparelho, pois o conteúdo é sensível à umidade. Os folders sobre o uso dos dispositivos inalatórios podem ser acessados no site do Conselho Federal de Farmácia.