11 de dezembro de 2025
A Secretária-Geral do Conselho Regional de Farmácia do Tocantins (CRF-TO), Marta Cardoso Rocha, participou do IX Fórum Nacional de Assistência Farmacêutica, realizado em Brasília nos dias 9 e 10 de dezembro de 2025, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB). A presença do CRF-TO integrou uma agenda ampla de debates sobre a organização da Assistência Farmacêutica no Sistema Único de Saúde (SUS) e as prioridades para gestores e profissionais farmacêuticos no próximo ciclo de políticas públicas.
O encontro trouxe painéis e mesas-redondas centrados em temas recorrentes nas principais conferências da área: incorporação de tecnologias e avaliação de tecnologias em saúde (HTA), sustentabilidade e financiamento do SUS, além de farmacoeconomia — pautas que vêm ganhando espaço nas agendas nacionais por impactarem diretamente o acesso e a oferta de medicamentos e serviços farmacêuticos. Essas áreas foram destaque em eventos similares e em programações recentes dedicadas à Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia.
Outra linha de discussão importante no Fórum foi a logística de medicamentos e o enfrentamento ao desabastecimento: estratégias para gerenciamento de estoque, compras e distribuição no nível municipal e estadual, bem como inovações em cadeia de suprimentos para garantir a continuidade da assistência. Essas pautas têm sido enfatizadas em workshops e fóruns regionais que reúnem gestores estaduais da Assistência Farmacêutica.
Os debates também enfatizaram a evolução do cuidado farmacêutico, com foco na transição do cuidado entre atenção primária, centros de referência e atenção hospitalar — tema tratado em fóruns nacionais da farmácia clínica e hospitalar, que ressaltam o protagonismo do farmacêutico na garantia do uso racional de medicamentos e no acompanhamento clínico de pacientes. A integração entre práticas clínicas e políticas públicas foi apresentada como caminho para ampliar a resolutividade dos serviços farmacêuticos no SUS.
Por fim, inovação e avaliação — incluindo uso de inteligência artificial em avaliação de tecnologias em saúde e novas metodologias para medir custo-benefício e custo-efetividade — apareceram em painéis que discutiram como modernizar processos decisórios sem perder o foco na equidade de acesso. A preocupação com mecanismos que permitam incorporar inovações tecnológicas sem comprometer a sustentabilidade do sistema foi recorrente nas programações de eventos da área.
A expectativa anunciada pela secretaria-geral é de que o conhecimento trocado no evento norteie ações locais voltadas à melhoria do acesso a medicamentos, ao fortalecimento da gestão logística e à ampliação dos serviços clínicos farmacêuticos no estado.