13 de julho de 2021
A ciência e os cientistas não vivem os melhores momentos na atualidade, mesmo, em que pese, se viver um dos momentos de maior expressividade dos seus resultados – era tecnológica –, fruto da terceira revolução, também conhecida como revolução tecnológica. Pois bem, ainda diante desse fato, se vive um período de obscurantismo, ou melhor, uma tendência a ele, pelo crescimento de ondas negacionistas diante da pesquisa e produção científica, algo que pode afetar as descobertas em todas as áreas do conhecimento, sobretudo, em relação à saúde da humanidade.
Para Leonardo da Vinci: “os que se encantam com a prática sem a ciência são como os timoneiros que entram no navio sem timão nem bússola, nunca tendo certeza do seu destino”. Este pensamento traduz com perfeição o perfil de comportamento que se reforça em nossos dias, dificilmente se encontra na história paralelo para esse período, em que alguns tentam desacreditar os processos que dão sustentação à pesquisa, e quando isso se alinha a decisões políticas a situação pode ficar perigosa.
Em 08 de julho se comemora o Dia Nacional da Ciência e o Dia Nacional do Pesquisador Científico. Ambas homenageiam o dia da criação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em 8 de julho de 1948. Desde então, esta entidade se tornou um dos pilares para professores, alunos e pesquisadores de todo o país. A data tem como objetivo chamar a atenção para a produção científica do país, estimular o gosto dos jovens pela ciência e divulgar o saber científico para a sociedade.
Recentemente, cientistas e pesquisadores, incluindo três ganhadores do prêmio Nobel, se uniram por meio de uma carta para defender o exercício da ciência no Brasil. A carta também é assinada por brasileiros membros de diferentes universidades e institutos científicos. No texto, os signatários afirmam que a ciência brasileira sofre com cortes orçamentários, perseguições e a instrumentalização para fins eleitorais.
Em meio a uma pandemia, como a que se vive, pela Covid-19, o novo coronavírus, fortalecer a pesquisa, antes de ser importante é vital, ou seja, a vida da população depende dessa defesa, depende de que todos que estejam empenhados com processos científicos sejam apoiados e defendidos, depende de uma ampla divulgação da importância da pesquisa para que se materialize um ambiente de tranquilidade para o fortalecimento da ciência.
Por: Marttha Franco Ramos, Conselheira Federal de Farmácia e Presidente da Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (FESP)