7 de abril de 2021
O Conselho Federal de Farmácia (CFF) reforça a orientação de que saúde é coisa séria e medicamento também. O farmacêutico está diretamente envolvido com medicamentos desde a manipulação na farmácia magistral, no controle e qualidade de etapas na indústria, orientação e dispensação do fármaco no estabelecimento de saúde do setor público e privado, na Farmácia hospitalar, entre várias outras áreas.
Muitas vezes apenas o uso do medicamento pode não ter efeitos satisfatórios, mas em conjunto com uma boa alimentação e prática de exercícios, atinge melhores resultados, como explica Carlos André, conselho federal de Farmácia do Amapá. “A terapêutica do paciente costuma funcionar quando o farmacêutico pode orientá-lo a partir do quadro clínico constatado durante a consulta farmacêutica. Constantemente, o CFF realiza ações de conscientização e de caráter educacional com o objetivo de mostrar à população os riscos do uso inadequado de medicamentos. É um compromisso do conselho promover a orientação profissional, técnica e prática sobre as atribuições do farmacêutico”, exclama.
Na segunda-feira, 05/04, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária emitiu um comunicado à sociedade sobre o risco do uso indiscriminado de medicamentos à saúde da população. Na publicação o órgão também convida cidadãos para colaborar com notificações de eventos adversos relacionados a medicamentos. O documento da Anvisa apresenta pontos-chave que categorizam o uso irracional de medicamentos como aquele sem prescrição profissional, orientação, respeito à dosagem e tempo terapêutico.
A ingestão ou aplicação de medicamentos sem o devido acompanhamento adequado, cautela e rigor se torna um sério risco à saúde do paciente, capaz de ocasionar graves reações, inclusive, óbitos. “Todo medicamento pode causar uma reação adversa, tanto o prescrito em receita médica, quanto os isentos de prescrição. Alertar é o nosso dever. Trabalho humanizado em todos setores que envolvem o farmacêutico como agente de saúde é imprescindível no cuidado à saúde do paciente”, defende o conselheiro.
O pronunciamento da Agência é direcionado tanto a profissionais da saúde quanto ao cidadão comum. A publicação apresenta a plataforma de base de dados VigiMed sobre ‘eventos adversos a medicamentos’, onde é possível fazer as notificações. “É imprescindível que profissionais de saúde e cidadãos notifiquem as suspeitas de eventos adversos, mesmo sem ter certeza da associação entre o ocorrido e o medicamento. A notificação torna possível identificar novos riscos e atualizar o perfil de segurança dos medicamentos”, declarou a Anvisa.
Com o objetivo de promover a reflexão e conscientização da sociedade quanto aos perigos da prática de se automedicar, o CFF realiza uma campanha anual durante o mês de maio em celebração ao Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos (5 de maio). Acompanhe nossos canais de comunicação e fique por dentro dos assuntos repercutidos pelo Conselho Federal de Farmácia.
Organização Mundial da Saúde (OMS)
Em todo o mundo, autoridades sanitárias estão preocupadas com a população sobre o grave problema da automedicação fora das indicações e posologias aprovadas no registro. Segundo a OMS, um dos maiores problemas de saúde em contexto mundial é o uso irracional ou inadequado de medicamentos. Estima-se que mais de 50% de todos os medicamentos são prescritos, dispensados ou vendidos de maneira inadequada, além disso, que metade dos pacientes não os consome corretamente.
A OMS preconiza o uso racional de medicamentos como sendo uma prática que deve funcionar a partir do recebimento do medicamento para as condições clínicas em doses adequadas às necessidades individuais de cada paciente, por um período adequado e ao menor custo para si e para a comunidade.
Confira também:
Uso racional de medicamentos: um alerta à população: https://bit.ly/2RcAufl
Estudo aponta perfil de intoxicação medicamentosa por automedicação no Brasil: https://bit.ly/2Q4GqpV
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