Devido o índice de casos de assédio moral e quebra de prerrogativas na profissão farmacêutica, o Conselho Regional de Farmácia do Tocantins intensificou suas ações de fiscalização nas farmácias dos municípios para combater as causas do fenômeno. A diretoria do Conselho produziu e disponibilizou aos fiscais um questionário, com objetivo de levantar um banco de dados com informações a respeito dos casos de assédio, e também um panfleto dobrável, que instrui os farmacêuticos a respeito de suas prerrogativas e da forma correta para lidar com casos de assédio moral.

A campanha data de 2018 e, na última semana, os fiscais do CRF/TO realizaram as primeiras fiscalizações em posse do novo conteúdo de apoio. Marla Cedro é farmacêutica e expõe sua satisfação com o trabalho realizado: “Achei o trabalho sobre o Assédio maravilhoso, porque nos serve como proteção e como evidência de que o CRF pode fazer algo por nós, que não precisamos nos calar, devemos reconhecer nosso valor profissional e nos fazer valer, se não todos os anos de estudos não valeram para nada”, afirma a farmacêutica. 

O assédio moral é um fenômeno destrutivo das relações de trabalho e também para as relações interpessoais. A profissional afirma ainda que “Sofri muito no meu antigo emprego, no começo foi bom, mas piorou quando eu comecei a questionar o que havia de errado, exercia funções distintas da minha, sofria assédio moral constantemente”. Marla relata que não recebia seus descontos por horas extras trabalhadas conforme exige a lei, e que realizava serviços fora do horário de expediente. 

O Conselho tem devotado atenção especial aos casos de violação de prerrogativas e de  assédio moral desde junho, mês em que iniciou-se a campanha. As ações de fiscalização e escuta aos profissionais que foram prejudicados ocorrem em órgãos públicos e privados, e configura-se como parte fundamental no combate ao assédio moral na profissão farmacêutica.

Ascom CRF/TO